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Tem carapeba, sim senhor!

Carapeba vive entre o mar e a lagoa, entre o doce e salgado, de pele prateada, é bela, basta sal e limão para virar o manjar de Nossa Senhora dos Prazeres. Esse peixe alagoano encantou o chef paulista Renato Shoya, tanto que ele trouxe  a nobreza do pescado para a cozinha do Micale, novo restaurante da cidade. O chef retirou as espinhas do peixe, o transformou em filé, porém deixou sua pele mantendo a elegância na apresentação com legumes salteados, e finalizado com leite de castanha e óleo de coentro. É bom, não! Se amostra…

Micale: cozinha mediterrânea, mas com pegada alagoana

Então vamos entender: Renato Shoya é chef  consultor do Micale, mais um empreendimento de sucesso da família Nado, Francineide e seus filhos Rodolfo e Gabriel Diniz (leia-se Bodega do Sertão e Janga), do grupo Cevar. Dito isto, vamos decifrar a casa de cozinha mediterrânea, mas com pegada alagoana.

Filé de carapeba com legumes salteados com leite de castanha e óleo de coentro. É bom, não! Se amostra…

Depois da carapeba, uma das entradas que amei foram mexilhões salteados ao molho de vinho branco, finalizados com páprica defumada. Acompanha batata frita. Mas como tinha focaccia de alecrim (com fermentação lenta) da casa, não pensei duas vezes, mergulhei no molho dos mexilhões, é mais que perfeito.

O siri virou recheio da massa fresca com formato de flor

Nem só de mar vive o restaurante, o massunim é a estrela do espaguete junto com mexilhões, e o toque final é um pouco de limão no molho para tirar a doçura natural dos moluscos. O siri também tem assento cativo no Micale, aliás, no formato de flor, o molusco virou recheio da massa fresca (também produção da casa) no molho de espumante e confit de tomate. Até a salada com mix de folhas, camarões grelhados, tomate cereja, croutons, aioli de aliche com carvão e finalizado com queijo Grana Padano arrematou meu coração.

Mousse de chocolate foge do clássico, bem areado, vem com ricota doce de laranja e morango ao balsâmico

A sobremesa também é grata surpresa: mil folhas (produção da casa) com crème patissière (creme) de cumaru ( baunilha brasileira), acompanhado de geleia de morango. Já o mousse de chocolate foge do clássico, bem areado, vem com ricota doce de laranja e morango ao balsâmico. Finalizado com crocantes de castanha e morangos frescos.

Família de empreendedores: Nado, Francineide, Rodolfo e Gabriel

Família – Bodega do Sertão, Janga e Micale agora têm nome e endereço, é grupo Cevar, com o DNA alagoano pronto para decolar para qualquer cidade de brasileira, que deseje implantar os modelos de sucesso dos três restaurantes. Mas esse crescimento não aconteceu da noite para o dia, Nado tem 27 anos experiência no segmento alimentação fora do lar, e tudo começou com Galetos e Assados (não existe mais) na Jatiúca, depois chegaram os outros empreendimentos comandados pela família do Nado, Francineide, Rodolfo e Gabriel. “A Bodega do Sertão todos se metem, Janga é do Rodolfo e Micale do Gabriel, mas todos somos um só, e amamos levar sabor e qualidade para os alagoanos e turistas”, explicou Nado.

Renato Shoya é chef do mar e se apaixonou por Maceió

Quem é – Renato Shoya é chef do mar, formado em gastronomia, integra a equipe do Favo Hospitalidade. Quando chegou em Maceió, ele também se apaixonou pela orla da cidade e curte nadar na praia da Pajuçara. Para tornar o cardápio com a cara alagoana, foi até o Mercado da Produção conhecer os ingredientes locais, como os raizeiros, onde encontrou a baunilha brasileira e a trouxe direto para sobremesa de mil folhas. A carapeba e o massunim também conquistaram o paladar do chef paulista.

Nascido e criado em São Vicente, litoral de São Paulo, Renato lembra que atrás da casa dos seus pais existe uma rua chamada Japão, onde se concentra muitos pescadores, e desde de menino viveu nesse mundo do mar catando berbigão(vongole), siri , caranguejo no mangue, manjubinha…

Mexilhões salteados ao molho de vinho branco finalizados com páprica defumada

“O que mais me encantou no Mercado foram as pessoas, o modo que elas levam o dia, certamente iniciam por volta das 3h, e com bom humor. Aprendi muito indo lá, conheci os raizeiros e novos temperos, peixeiros com suas variedades e até mesmo peixes que conheço por um nome e aqui é chamado de outro, muito interessante”, relatou. A grande inspiração de Renato é sua mãe.

Carapeba e siri, uma das estrelas da cozinha do Micale

A família do Nado, agora, grupo Cevar, com o Micale (nome de um coral de Alagoas) acertou em cheio, trouxe o sabor mar para dentro do restaurante, comida leve e maravilhosa, O projeto arquitetônico do Alan Gaia é glamouroso, mas ao mesmo tempo abraça não apenas os comensais, mas quem trabalha, porque a cozinha é do sonhos. Para brindar, aposte nos drinques da casa, em especial Santo Graviola com infusão de capim santo, limão taiti, xarope de graviola, vinho branco Sauvignon Blanc e hortelã. Cítrico, frutado e bastante refrescante.

Atum com ingredientes mediterrâneos, picles de cebola roxa e raspas de limão siciliano sobre crocante papel de arroz.

Rota: Micale

Preços: De R$16,00 até R$ 92,00/ Aceita-se cartões

Funciona: De quarta a sábado a partir das 18h30/ domingo as 12h/ Terça é folga da equipe

R. Durval Guimarães, 1298 – Ponta Verde

Micale: bons drinques

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