Vamos para Pirenópolis?

Piri, são apenas quatro letras do apelido carinhoso de Pirenópolis (@visite_pirenopolis), cidade histórica de Goiás, vizinha de Brasília e de Goiânia, em pouco mais de duas horas de viagem partindo de qualquer uma das capitais, chegamos ao destino tombado como patrimônio histórico, artístico e arquitetônico pelo IPHAN. No meu Instagram fiz uma enquete, onde 80% das pessoas não conhecem o lugar mais delicioso da região Centro-Oeste, então vamos a Piri? É lindinha, histórica, saborosa, romântica e aventureira…

A primeira coisa a fazer em Pirenópolis é caminhar pelas ruas com suas casinhas de arquitetura colonial portuguesa, com eiras e beiras, repleta de restaurantes, bares, cafés, lojas de artesanato, pousadas… Assim Piri, amor à primeira vista pela cidade, também conhecida pelas belas cachoeiras e a festa do Divino Espírito Santo, onde os chamados “curucucus” ou “mascarados” fazem parte da identidade cultural do município.

Contam que as máscaras eram a forma dos negros, índios e os pobres participarem da festa do Divino Espírito Santo (acontece em maio) reservada apenas aos brancos ricos. A máscara tradicional é a de papel machê, sendo as de boi, onça, macaco e homem as mais pedidas. São confeccionadas por artesãos locais e comercializadas nas lojas da cidade, como a Piretur – que fica ao lado do CAT (Centro de Atendimento ao Turista), na rua do Bonfim, no Centro. Então traga na sua bagagem as máscaras para guardar um pouco da história que driblou o preconceito e virou arte.

Pirenópolis vai além do turismo histórico, quando a natureza também faz suas revelações, como o pôr do sol que pinta o céu como obra de arte. O melhor lugar para apreciar o espetáculo é próximo a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim e ao Eco Resort Quinta de Santa Bárbara. Lá a gente vê aquele sol se deitar entre as montanhas e casarios. É uma benção!

Depois do pôr do sol, a frase “pernas para que te quero” faz total sentido em Pirenópolis. Caminhar é a melhor maneira de se envolver de corpo e alma com a cidade, e nem se preocupe, em cada esquina tem cafeterias, restaurantes e bares charmosos para forrar nosso estômago com várias opções culinárias desde as mais tradicionais da região até a mais contemporânea.

Uma das tradições da cozinha goiana é o arroz de pequi – fruta do cerrado, deixa o grão amarelinho com leve acidez – com galinha ao molho pardo (mas bem diferente do Nordeste). Agora, minha paixão é a panelinha de carne serenada (carne de sol) com arroz, linguiça e ovo do Divino Lounge Café, vizinho a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim e colado ao Resort Quinta de Santa Bárbara. Abre todos os dias das 10h às 20h, com cardápio com entradas, pratos principais, sobremesas e bons cafés. R. do Bonfim, 1 – Pirenópolis.

Quando as estrelas dão o ar da graça, Piri fica mais charmosa, as luminárias do Brasil colonial iluminam as ruas históricas. Convite à diversão, boa gastronomia e ao chope artesanal da Cervejaria Santa Dica (@cervejasantadica). Lá o chope de hibisco é refrescante e tem mais variedade de sabores para muitos chopes artesanais.  R. Aurora, 31 – Centro, Pirenópolis/ Segunda a Sexta, das 16h às 22h/ Sábado, das 11h às 22h/ Domingo, das 11h às 20h

Para jantar a dica é o italiano Maiale (@maialerestaurante) – é uma graça, comi pouco mas suficiente para ter certeza da qualidade, a bruschetta com presunto de parma com molhinho agridoce, e o nhoque tradicional com ótimo molho de tomate. Rua do Rosário, 34 – Centro – Pirenópolis

Infelizmente duas noites em Piri é pouco tempo para conhecer uma infinidade de restaurantes, bares e cafeterias, mas amigos que amam a cidade, como a sergipana Rosa Sampaio, Sergio Rady e Vanessa Leal (Pirenópolis), os alagoanos Mauro e Thiago (moraram um tempo em Brasília) indicaram alguns lugares bem bacanas para comer e ser feliz.

A Fazenda Babilônia é o que existe de mais tradicional em Pirenópolis. No belo casarão colonial construído por escravos em fins do século XVIII, tombado como Patrimônio, oferece o café sertanejo com mais de 40 itens para viajar pela cozinha goiana (e tem um pouco de mineira também). Lá, tem o requeijão, biscoito de polvilho, carne de porco na lata, pãozinho de queijo… Tudo feito com ingredientes produzidos no próprio local. Valor do café sertanejo: R$ 120,00 por pessoa (já incluso também a visitação). https://www.fazendababilonia.com.br/ GO-431, s/n – Zona Rural, Pirenópolis.

Restaurante Bacalhau da Bibba (@restaurantebacalhaudabibba) – É um dos clássicos de Piri, também abriga um antiquário (lindo demais) com cozinha portuguesa (pratos e preços para compartilhar) R. Nossa Sra. do Rosário, 42 – Centro, Pirenópolis.

Para quem busca mais tradição, a Venda do Bento (@vendadobento) tem uma mercearia de verdade e traz a culinária goiana, como o risoto do cerrado com pequi, linguiça, frango, açafrão da terra, tomate e ervilha fresca.  Rod. GO 338, KM 4, s/n Zona Rural, Pirenópolis.Toda doçura de Piri tem endereço certo: Dora Doces (@doradocespirenopolis) com compotas, geleias e doces de frutas regionais como jabuticaba, caju, manga, mamão, limão, laranja e até de jiló. Av. Benjamin Constant, 50 – Centro, Pirenópolis.

Abade, escândalo de lindo

Reserve um dia para conhecer as muitas cachoeiras, como a do Abade (@cachoeiradoabade_). É um escândalo de linda e, claro, com emoções. Mergulhar nas águas geladas e transparentes é a melhor terapia da face da terra. A entrada é R$ 55,00 (paguei meia, pois sou sessentona) e digo, vale cada centavo para ajudar a preservação do éden.

Para chegar na cachoeira do Abade existem dois caminhos, um curto, a trilha do Abade com 500 metros, levando diretamente a Cachoeira do Abade e a Cachoeira do Cânion. Já a do Vale, com 2500 metros, levando a quatro cachoeiras e seis mirantes, passando também pela ponte da Tremedeira (deu medo, e nem olhei para baixo), e confesso é a melhor coisa do mundo, com direito a vencer o medo da ponte que se move com o sopro do vento. São 2.500 metros de trilha totalmente reformada, calçada em pedra e plataformas de madeira.

Quando avistamos a cachoeira do Abade, a sensação de felicidade e, claro, de mergulhar em águas tão geladas mas tão cristalinas, não tem preço, some todas as dores, é divino. Enfim, abra seu coração para tanta beleza, e volte mais vezes, porque são 82 cachoeiras em Piri para ser feliz. Funciona todos os dias, das 9h às 16h. www.cachoeiradoabade.com.br

Onde fiquei – Em parceria com a Secretaria de Turismo de Pirenópolis fique hospedada no Quinta Santa Bárbara Eco Resort (@quintab3hotel)  vizinho a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, com sua arquitetura que remete ao Brasil colonial, além da localização privilegiada do Centro histórico, os quartos são confortáveis, imensos, com internet, televisão, piscina… Ah, o café da manhã tem as tradições como saborear nas primeiras horas as coxinhas e os pastéis de milho com recheios de frango e queijo, são bem gostosinhos. R. do Bonfim, 1 – Centro, Pirenópolis – GO/ Reservas: 55 800 323 1900/[email protected]

Por onde ando encontro paz, e Piri além de bela é um abraço saboroso e inesquecível, vamos a Piri?

Mais dicas de hospedagem: POUSADA DONA GENI  – Rua Pireneus 29 –  Telefone: 062 3331-1128/ HOTEL BOUTIQUE DADIV – Rua Direita, 79 – Centro – Telefone: (062) 3331-2662/HOTEL POUSADA DOS PIRENEUS RESORT – Rua Do Carmo, 80 – Chácara Mata Do Sobrado/ Telefone: (062)3331-7300/POUSADA DAS CAVALHADAS: Praça Da Matriz, 1 Telefone: (062)3331-1261 POUSADA DAS ORQUÍDEAS- Rua Aurora, 49 – Centro (062)99108-3437

Mais informações: Centro de Atendimento ao Turista -Rua Comendador Joaquim Alves, centro – Pirenópolis/ (62) 3331-2633

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