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Japaratinga, aquele abraço!

Em uma das viagens para a terceira edição do meu Guia de Gastronomia Popular Alagoana estive no litoral Norte, onde fui muito bem acolhida na Dkaza Pousada (@dkazapousada). Pequena, simpática, simples, e intimista, ela tem um ótimo café da manhã. O lugar é daquelas pousadas que nos abraça. Fica bem pertinho do mar: é só atravessar a estrada de barro que a água salgada tempera os pés. Mas Japaratinga vai além do mar. Tem a Reserva da Bica (@reservadabica_), um lugar lindo, cercado de verde, cheio de pés de mangabas e com uma vista para embriagar nosso coração com a cor do mar. Então vamos às dicas para quem vai desbravar nossa Alagoas a qualquer dia e qualquer hora.

Reserva da Bica um lugar lindo, cercado de verde e com uma vista para embriagar nosso coração. Foto: Felipe Brasil

Quem faz o turismo alagoano não é só a beleza natural do Estado, é gente também. Na Dkaza Pousada tem duas figuras bem legais, Afonso Henrique, lá de Curitiba, que viu a oportunidade de transformar a casa em pousada dentro do seu estilo de arquiteto: um espaço para todo mundo se sentir em casa. Já a Alrelita Bandeira é funcionária da pousada, nascida na beira de Japaratinga, e, além de simpática e prestativa, cozinha muito bem, faz pãezinhos caseiros dos deuses.

Dkaza Pousada, pequena, simpática, simples, e intimista

“Quando vim morar em Alagoas eu queria empreender e na mesma época surgiu a oportunidade de pegar esta casa e transformá-la com minha visão de arquiteto. Encarei o desafio e trouxe algo novo para a região. Foi quando pensei em transformar a casa em uma pousada pequena, intimista, mas com muito aconchego, atendimento mais humanizado e mais próximo do hóspede, como uma casa de amigos”, contou Henrique.

Detalhe de um dos apartamentos da Dkaza Pousada

E Henrique foi mais além. Inspirado na própria experiência (ele é alérgico a frutos do mar), apostou no restaurante da Pousada com diferentes temperos da região e pratos mais variados que não fossem apenas camarão, lagosta e lagostim, como o parmegiana, por sinal, muito bom e preparado pela Alrelita.

Parmegiana preparado pela Alrelita da Dkaza Pousada

O café da manhã tem ovos, pães, frutas, queijos, presunto, café, leite, suco, tapioca e omelete. Uma fartura para depois de trilhar pela Reserva da Bica e ver com seus olhos a beleza do litoral de Japaratinga.

Dkaza Pousada: Dária com café da manhã para casal, a partir de: R$ 200,00 (baixa temporada)/ R$ 280,00 (alta temporada)/ Telefone: 82 99114-0125/  Rua da Praia, s/n, Japaratinga

Café da manhã reforçada da Dkaza Pousada em Japaratinga

Reserva da Bica

Eu fiz a trilha Reserva da Bica, mas vou roubar alguns trechos do texto do meu amigo jornalista Fernando Coelho, porque está tão perfeito como o éden de Japaratinga.

Encravada na franja verdejante que emoldura a paisagem de uma das mais aclamadas praias do Litoral Norte do estado, o sítio possui 200 metros de extensão à beira-mar e distende-se por dois quilômetros vale adentro – da cobertura total de 18 hectares (o equivalente a 18 campos de futebol), cinco são exclusivos para a área de proteção ambiental que, em 2019, recebeu o título de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).

Foto de Felipe Brasil, a mata atlântica e o mar de Japarantiga

Do alto de seus dois mirantes, um deles a 70 metros de altitude, a vista é de cartão-postal. A retina paralisa diante do retrato estonteante – autêntico paraíso tropical. Esqueça os clichês: a mais suntuosa enseada das praias de Japaratinga capricha em mostrar que a vida vale a pena. É o lugar certo, na hora certa. Sempre.

De início, ao percorrer uma trilha leve e relativamente curta (entre 10 e 15 minutos de duração), o visitante logo se depara com espécies da chamada Mata Atlântica de Tabuleiro. A cobertura vegetal recebe forragem e floração de plantas e árvores como cajueiro brabo, barbatimão, ouricuri, araçá, mangabeira e murici, além de orquídeas, bromélias e até um raro exemplar de massaranduba, entre muitas outras.

Na foto de Felipe Brasil, o caminho da trilha Reserva da Bica

Se der sorte, o turista vai saborear a mangaba fresquinha ou até arriscar algo mais exótico, como a cajarana-de-macaco, cuja semente molhadinha e felpuda equilibra doçura, acidez e leve amargor como você talvez nunca tenha experimentado.

Pouco adiante, a contemplação da paisagem entorpece corpo e a alma no Mirante das Falésias. Mais abaixo, no Mirante das Tartarugas, a maré alta pode trazer exemplares das cascudas em busca de alimento no entorno dos arrecifes.

Reserva da Bica pelo olhar do fotografo Felipe Brasil

De volta ao coração da reserva, além de abundante variedade de pássaros, outras espécies de animais silvestres já foram avistadas. Tem cotia, tatu, raposa, gato-do-mato, tejo e papa-mel. Num galho de araçá, os vincos talhados denunciam a passagem recente de um gato-do-mato, que utilizou a árvore para afiar as garras.

Como se percebe, a natureza viva e preservada da Reserva da Bica remete à ancestralidade de um lugar, mas, como o acesso ao público teve início no último dia 23 de dezembro, pode-se dizer, sem trocadilho, que se trata de localidade novinha em folha.

Reserva da Bica, um passeio imperdível

Rota: Reserva da Bica

O ingresso custa R$ 10 por pessoa (crianças menores de 12 anos não pagam) e o valor é utilizado para fins de manutenção da área verde.

Para grupos maiores, recomenda-se o agendamento via whatsapp no número (82) 99415-7246 ou pelo perfil @reservadabica_ no Instagram.

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