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Um “Kitut” de Natal

O Parque de Diversão na cidade de Junqueiro enchia o coração de alegria do menino Madysson Weslley, mas foi no jogo de acertar argola que ele ganhou o inusitado prêmio, um refrigerante e um kitut. Era fim de ano, festas natalinas e ele, feliz da vida, correu até a igreja para anunciar à mãe o acontecido.  No dia seguinte, tinha cuscuz com o kitut, para alegria do Madysson.

A história do jornalista Madysson Weslley é verdadeira e ele me contou na enquete que fiz no instagram e facebook: “Quem já teve um momento de gloria com Kitut?”.

Kitut no pão francês tem uma legião de fãs

Muita gente respondeu como sendo a melhor lembrança da infância. Cada um também explicou a forma como comia, no pão, com macarrão ou arroz, misturado na farinha, empanado, com creme de leite, e até o relato da agente de viagem Betânia Barros, como cachorro quente mais famoso em Rio Largo.

Kitute fazia e ainda faz a festa. Minha mãe, dona Nia, preparava na manteiga com tomate, cebola, pimentão e ovo. Uma maravilha! Eu e meus irmãos comíamos  com arroz, pão e macarrão. Era a glória!

Macarronada com kitut, outro sucesso da infância

Também recordo que uma vez, em São Paulo, encontrei uma latinha no armário do jornalista André Cesar e, claro, a gente comeu, embora ele achasse que eu ia criticar porque tinha o enlatado na despensa. O chef Thawã Calixto, quando perguntei se gostava, ele logo perguntou onde tinha para comer. A jornalista Milena Andrade, disse que acompanhou a infância toda, frito e comido com farinha.

A carne suína enlatada é tão antiga e nunca saiu da prateleira dos supermercados, vendas, mercadinhos. Também  jamais mudou a embalagem, com aquela espécie de chave que vai rasgando a lata. Quem lembra o sofrimento que era quando quebrava? A gente tinha que apelar à faca para abrir a danada da latinha.

Quem lembra o sofrimento que era quando quebrava? A gente tinha que apelar à faca para abrir a danada da latinha

Uma confissão. Mesmo frequentando inúmeros botecos e restaurantes estrelados,  preciso revelar que bateu saudade e acabo de abrir uma latinha de kitut, acrescentei tomate, cebola e pimentão, e “atochei” no pão! Mas a iguaria popular do imaginário de tanta gente vai bem com arroz, macarrão e até pura é deliciosa. E você, meu caro leitor como gosta?

Kitut é bom frito na manteiga

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3 comentários
  • Anthony
    4 anos Atrás

    Toda vez que minha mãe fazia as compras do mês em um pequeno supermercado que ficava no bairro Levada eu já sabia o que teriamos no almoço: Kitut! Uma de minhas irmãs preparava no capricho: bastante tomates cortados em pedacos grandes irregulares e ervilhas. A quantidade era suficiente para atender os dez filhos e minha mãe. Comíamos com arroz. Eu amava! Era o ano de 1981 e 1982. Bateu uma saudade enorme agora…?

  • Fernando Pinto
    4 anos Atrás

    Sanduíche de kitut e queijo de coalho. Uma delícia que sempre que bate a lembrança e vou e realizo. ( Hj. com os meus 55 anos).

  • Kamila Bugarin
    4 anos Atrás

    Que texto cheio de lembranças e afeto, Nide! Bateu uma vontade enorme de abrir uma latinha dessa.
    Eu era a única apreciadora da iguaria na minha casa… Então comprava para comer sozinha mesmo. À noite, acebolado com cuscuz, o que sobrava virava café da manhã com pão francês bem crocante. =}

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