Sururu de capote é nosso

 

Sururu na casca é pra comer no mesmo dia, tem quer tem o frescor do molusco, o sabor aguçado no leite de coco com legumes. É um dos pratos mais alagoanos, uma tradição nas casas das famílias como uma saudação de boas vindas.

Quando quero saborear o sururu no capote, Patrimônio Imaterial do Estado de Alagoas, sigo até o Bar do Pelado no bairro da Ponta Grossa, com 50 anos na gastronomia de Maceió. Agora, Iolanda Tavares, esposa de José Torriceli, está na cozinha para manter a tradição.

Lá, tem o caldinho de sururu de capote que continua perfeito e que só fica bom com o molusco grande, em especial o da Lagoa do Roteiro. Estou feliz porque Iolanda me disse que, se alguém deseja comer o sururu de capote com pirão, basta encomendar. O Bar do Pelado está na primeira e segunda edição do meu Guia de Gastronomia Popular.

Minhas paixões do Bar do Pelado:

A carne de sol de porco é outra notoriedade do Bar do Pelado, macia e suculenta. Ela vem acompanhada de fava, macaxeira, vinagrete e a farofa matuta (especialidade da casa).

.A farofa matuta é preparada com a farinha sergipana, leva cebola roxa, água morna, e o segredo fica por conta da própria gordura da carne que é adicionada no preparo. Este tipo de farofa não vai para o fogo, ela é rústica e fabulosa.

As patas de uçá, cozidas apenas em água e sal, são uma benção ao paladar. Para acompanhar, tem limão ou vinagrete, mas uma coisa é certa: as patolas são macias e suculentas.

História – A tradição do caldinho de sururu de capote começou com o saudoso Edvaldo Medeiros Cavalcante (famoso Pelado, falecido) e sua esposa, Marli Lima Medeiros, que, no começo, abriram uma pequena mercearia para atender à demanda do bairro.

Rota Bar do Pelado

Caldinho de sururu de capote – R$ 5,00/ Almoço completo R$ 45,00 (para 2 pessoas, mas dependendo do apetite dá para 3)

 

 

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