Abracei, virtualmente, seu Açucena. E você?

Seu Açucena, com os seus 76 anos, tem a energia de um menino. Acorda cedo, vai ao mercado, compra coco e açúcar. E segue trabalhando: rala o coco e mistura com açúcar. No quintal ele faz o fogo com a casca de coco e depois despeja a mistura no tacho de cobre. Em pouco tempo fica pronto o quebra-queixo. De segunda a sexta-feira esta era a rotina do alagoano, que está louco para ir para rua como uma criança travessa. Mas ele  sabe que é tempo de ficar em casa com seus, mesmo sem entrar um tostão. Ele tem saudades da netinha, porém entende que a distância é um ato de amor.

São muitos “Açucenas” e resolvi abraçar, virtualmente, o alagoano vendedor de tradições. Comprei a produção do tabuleiro de quebra-queixo de um dia, porque em tempo de coranavirus é tempo de solidariedade. E você, qual seu ambulante predileto, desses que vendem sabores na rua? Abrace-o virtualmente, ligue para ele. Seja solidário. Não deixa o coranavirus matar seu coração, pois o mundo precisa de doçura. Se puder #ficaemcasa, porque amanhã será outro dia.

Quem é seu Açucena?

A partir das 10h às 16h, entre o Banco do Brasil e a Associação Comercial, no  bairro histórico de Jaraguá, o seu José Açucena da Silva, natural de Murici, arma seu tabuleiro para vender um dos doces das tradições do Nordeste, o quebra-queixo.

Seu Açunena é pai de nove filhos. Todos, ao contrário dele, frequentaram a sala de aula. Estudar foi uma palavra que não existiu na vida de seu Açucena. Desde menino, trabalhou na cana de açúcar e tinha dias que ia dormir sem saber o que comeria no dia seguinte. Ele enfrentou a fome, e venceu. “Meu maior orgulho é minha família, todos estudaram e trabalham”, conta.

Contato para encomendas: (82) 98813-6945 (Silvania) filho do seu Açunena

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